Me finjo de morto
Mas o sol tá no centro
Na noite vencida
Verdades ardendo
Me finjo de morto
Mas o seu tá mira
Liberto no cárcere
Caneta sangria
Me finjo de morto
Mas Deus não tá aqui
Não tá acolá
Nem menos ali
Me finjo de morto
Para ver sua calcinha
Debaixo do hábito
Vulcana heresia
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"Naquele momento, acreditei no meu sucesso. Meu plano simples. Enfiei a ponta do prego na tampa e tracei uma reta, a mais longa possível, por onde passei o prego de modo a fazer um entalhe. Minhas mãos estavam enrijecendo, eu insistia com fúria" - A Morte deOlivier Bécaille - Émile Zola
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Me finjo de morto
Ah, eu sou obsceno
Na língua chicote
Pau seno ao cosseno
Me finjo de morto
Mas eu sou dinamite
Lírico armado
Câncer de elite
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